Os maiores problemas em partes externas dos imóveis são lixo no quintal e pratos de plantas
Sem tempo a perder, agentes do Departamento de Zoonoses de Belo Horizonte começaram, na quarta-feira (3), os trabalhos do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Somente pela manhã, a equipe do Centro de Saúde Rio Branco, em Venda Nova, visitou 600 residências.
O levantamento é feito três vezes ao ano, sempre nos meses de janeiro, março e outubro. No último registro, o índice médio de infestação do mosquito foi de 0,5% (para cada 100 mil imóveis visitados, menos de um apresentou larva do mosquito).
Ponto fraco
Segundo o encarregado de zoonoses Antônio Ramos de Jesus, os maiores problemas em partes externas dos imóveis são lixo no quintal e pratos de plantas que algumas pessoas ainda insistem em utilizar.
Do lado de dentro, os focos estão concentrados principalmente na água acumulada no reservatório de água de degelo de geladeiras do tipo frost free, localizado na parte inferior do eletrodoméstico, e na água empoçada nos banheiros. “Orientamos as pessoas para colocarem uma colher de água sanitária na caixa localizada do lado de fora das geladeiras. A química impede a ação do mosquito”, disse o encarregado.
Bom exemplo
Na residência de Maura Diniz de Rezende Luiz, de 63 anos, nenhum foco foi encontrado. Isso porque a dona de casa toma todos os cuidados para não deixar que o mosquito deposite os ovos em algum canto.
“Viajei para as festas de final de ano e como ia ficar muitos dias retirei o pneu que fica na garagem da casa (para proteger o carro de bater na parede ao estacionar), pois se chovesse poderia acumular água. Também não utilizo mais pratos em vasos de plantas. E olha que tenho muitas. Tento fazer a minha parte e espero que a vizinhança faça o mesmo”, contou Maura.
Neste mesmo bairro, na casa da fisioterapeuta Fernanda Fernandes, os agentes olharam calha, os cinco banheiros e a piscina. “Está tudo certo, apenas o reservatório da geladeira está com água acumulada”, observou o agente Kleber da Cruz.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) prevê vistoria em 35 mil imóveis nas nove regionais de BH em dez dias. O resultado está previsto para a última semana de janeiro.
O objetivo do LIRAa é identificar as áreas da cidade com mais proporção/ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes, informações que possibilitam intensificar ações nos locais com maior presença do mosquito Aedes aegypti.
Mutirões de limpeza
Além do LIRAa, os agentes de zoonoses, em parceria com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), realizam mutirões de limpeza na capital durante todo o ano. Em 2012, foram 186, com recolhimento de 3.032 toneladas de lixo (grande parte de garrafas pet, vasilhas, móveis velhos, pedaços de madeira) e 5.987 pneus.
FONTE: Jaqueline da Mata - Do Hoje em Dia
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